"Historinha" vale mais do que HISTÓRICO no imaturo mercado automotivo brasileiro

       Quem já negociou carro ao menos uma vez na vida, e mesmo quem pretende, seja para vender ou comprar, com certeza já se viu diante dos questionamentos ao qual logo abordaremos, reflexos de um mercado imaturo que supervaloriza o supérfluo (ou mesmo inútil) em detrimento do que deveria ser realmente importante:

" - É único dono?"

       Quantidade de proprietários que o veículo já teve não significa necessariamente fator determinante para a sua qualidade, muito menos regularidade de registro. Seja qual for o carro que se vá comprar, uma checagem mais aprimorada no objeto em sí, na documentação do veículo e mesmo da pessoa ou empresa ao qual ele está registrado é sempre fundamental (até o ponto em que atenda sua necessidade)

" - Tein muito tempo que cê tem ele?"

       Nesse caso, para quem está vendendo vale descobrir qual seria a real intenção desta pergunta. Se por um lado sua resposta abre margem para perguntas sobre o passado do veículo, por outro o comprador pode estar imaginando que você possa ser um mero revendedor (em terras tupiniquins, é imoral comprar veículo para revender)

" - É do seu uso?

       Se não for, para o que seria então? Adorno?

" - Já bateu?"

       Sem dúvidas, essa é uma das perguntas mais ingênuas que um passível comprador pode fazer. No país da "Lei de Gerson", quem diabos confirmaria isso? Descubra se for capaz!!!

" - Já deu defeito?"

       Quem faz esse tipo de indagação sempre espera uma negativa como resposta, e quanto mais efusiva, mais convincente é, muitas vezes sem sequer se dar conta de que veículos são máquinas, e como tal, não são infalíveis, tampouco inquebráveis. É o tipo de truque que cai mais o público de veículos das marcas Volkswagen, Honda e Toyota, por conta de sua boa fama mecânica (e que por muitas vezes fica só na fama mesmo)

" - A manutenção é cara?"

       Gastos com manutenções estão entre as maiores preocupações do público consumidor de automóveis no Brasil. Mas o que a grande massa não considera é que manutenção é sempre exceção, ou seja, veículos passam mais tempo rodando do que em oficinas. Por conta disso, não vale a pena trocar um veículo infinitamente superior por um de péssima ergonomia, estrutura e qualidade somente para economizar alguns trocados na troca de correia dentada, por exemplo

" - Faz quanto com um litro?"

       Se o carro for gastão, acha mesmo que o dono vai dizer? Sabe de nada, inocente...

FÁBULAS

       Até hoje, muita gente ainda usa como fator decisivo historinhas das mais diversas, que em nada interferem na vida útil do veículo, mas que, para essa gente, torna o negócio "suave" só em imaginar. A exemplos, o carro de idoso (que só sai com os netos no fim de semana, ou no máximo o supermercado), o carro de fim de semana, a oportunidade (venda sem intenção, ou na pressa) e até mesmo o histórico sem comprovação, quando o atual dono afirma ter cumprido rigorosamente todo o esquema de manutenção previsto no carro, mas não comprova.

       O mercado brasileiro ainda é muito imaturo, e pior, sem previsão de melhora. Acostumem-se, e se possível adaptem-se, ou ficarão para trás, porque acaso não dermos o que essa gente quer, outra pessoa dará, e é ela quem sairá ganhando, é ela quem fechará negócio.

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