Brasileiro só olha pra "p.p.k."

       Era um sábado, finalzinho de tarde. Eu e uma amiga percorríamos as ciclovias da Esplanada dos Ministérios, em Brasília - DF, a bordo das famosas "bicicletas do Itaú" (bicicletas de aluguel com o logotipo do banco) quando eis que o telefone toca: era sobre a venda de um Hyundai HB20, veículo que estava inclusive sob minha posse. Nada de diferente da maioria das negociações em que me envolvo, geralmente decepcionantes.

       Antes de descrever como se dera essa negociação, deixo claro de início que as partes envolvidas terão preservadas suas identidades (de forma absoluta!), e que, acima de tudo, esta não é uma crítica às suas atitudes como pessoas, mas sim à situação.

       Já na conversa por telefone, o cidadão, em uma agonia de dar dó, me perguntou se haviam detalhes na pintura, estado dos pneus, e, claro, qual o menor preço, e eu confesso que, diante dessa situação, nem sei como ele ainda veio olhar o carro, pois na pintura haviam detalhes, mínimos e por muitas vezes imperceptíveis (eu e minha velha mania em ser honesto demais), os pneus não estavam bons embora também não estivessem carecas, e além de tudo isso, não fiz menor preço por enquanto, sugeri a ele que visse o veículo e me fizesse uma proposta justa para ambas as partes. Em resumo, atendi todos os critérios impeditivos para uma negociação imediata: não tive pressa, não menti e muito menos fingi estar dando vantagem ao cliente. Diante disso, o cliente ainda veio, o que, confesso, me deixou bastante esperançoso, pois o vencimento dessas etapas geralmente garantem excelentes chances de concretização do negócio. Mas ao chegarem...

       Horário e local combinado, nosso cliente era, como pessoa, uma verdadeira simpatia, sempre alegre, de fácil amizade. Junto dele, mais dois amigos, ao que tudo indica pessoas de sua confiança,  dispostas a ajudá-lo na compra de um bem tão valioso como um carro é. Considero nobre a atitude do grupo, em que o principal interessado por algum motivo pediu a ajuda de terceiros aos quais de pronto se disponibilizaram. Felizes daqueles que possuem alguém em quem confiar.

       Um dos amigos de nosso simpático comprador parecia trabalhar com funilaria, pois somente na análise de pintura foram exatos 30 minutos. E só. Não deram a devida atenção aos demais itens, como acabamento, motor, suspensão, equipamentos, enfim, parecia que a maior preocupação era apenas descobrir riscos e pontos de repintura. Não andaram no carro, não testaram equipamentos, não perguntaram sobre o histórico de manutenções (somente se era "único dono"). Por fim, me pediram menor preço, sendo que ainda lhes sugeri fazerem proposta, mesmo tendo plena convicção de que meu carro estava com valor altamente compatível com o mercado (na verdade era o mais barato). Foram embora, na promessa de voltar (e eu já sabia que não voltariam, pois quem não fecha negócio no emocional do momento dificilmente o faz adiante).

       Sei que não é de meu direito pre-julgar as atitudes e conhecimentos alheios. na verdade a intenção maior deste artigo fora o de apenas explanejar o quão distante está o mercado automotivo daquilo que considero ideal. Mais uma vez ressaltando, este é apenas meu ponto de vista. E um desabafo também.

       A propósito, para quem ainda não entendeu o significado de "p.p.k." = Preço, Pintura e Kilometragem

Sabe o HB20 citado? Está a venda! Acesse para maiores informações e imagens o link http://consautos.blogspot.com.br/2016/01/hyundai-hb20-16-manual-versao-premium-o.html

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