As pessoas que me conhecem, e sabem que o mercado automotivo é um dos meus ramos de atividade comercial, constantemente tem me feito essa pergunta, mesmo que, por muitas das vezes, já na expectativa certa de que minha análise sobre a atual situação não seja nada positiva.
Como sempre digo, nas análises de mercado veicular, sempre deve haver uma clara distinção entre o mercado de novos e usados. O primeiro, considero ser aquele que sempre vive na pujança, seja por agraciação governamental, através principalmente da isenção de impostos, até a própria imaturidade ou mesmo ignorância do mercado em sí. Neste momento, creio que o mercado de veículos novos ainda se sustente dos anos e anos de benesses e bons resultados que duraram praticamente toda a década que se passou. A matemática é simples: de 0 a 10, considerando-se a média 5 como a situação normal, o mercado de novos por muito tempo posicionou-se no topo da lucratividade, tanto por volume de vendas quanto pela própria lucratividade em sí, fruto de um mercado ignorante que por anos a fio (e até hoje) sempre aceitou pagar verdadeiras fortunas por veículos que efetivamente não valem o que se pede. Atualmente, com a clara queda nas vendas, a indústria automotiva optou por, mais do que nunca, jogar a conta nas pobres criaturas que, apensar do momento, insistem em consumir, majorando cada vez mais os preços dos veículos novos, o que causou relevada estranheza na população, mas que já foi claramente explicado por nós (entenda aqui: a tática do "um por todos" no mercado automotivo http://colunamercadoautomotivo.blogspot.com.br/2015/03/a-tatica-do-um-por-todos-no-mercado.html )
Já no sempre infeliz mercado de usados, que vive de baques, mais uma vez a bomba estourou bem no colo, mas desde já lhes afirmo que não é somente a falta de dinheiro e crédito que tem afetado negativamente o ramo. Com o excesso de notícias negativas na mídia (por muitas vezes na clara intenção de agravar a situação), muita gente tem tentado tirar proveito da situação, oferecendo quantias ínfimas por veículos à venda e tendo como principal justificativa justamente a tal crise tão disseminada pelo país. O velho argumento da "imperdível" compra à vista têm sido cada vez mais usado pelo público comum que, como bom brasileiros que são, não aceitam negócios justos, somente sair na vantagem.
No mais, a nossa recomendação é sempre a da cautela. Pessoas estão sempre adquirindo e trocando veículos, e dentre tanta gente querendo se aproveitar, sempre haverão as boas exceções, gente honesta disposta a pagar preço justo, não se esquecendo que, de qualquer forma, essa queda no preço de usados é real, portanto, inevitavelmente não podemos nos ater aos preços do passado. Pra você que quer comprar, vale sempre a máxima de que ninguém é bobo o bastante para entregar o que tem por aquilo que definitivamente não vale, quando o normal é sempre as pessoas quererem mais do que o veículo vale. Bons negócios!
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