Para começar, impossível se tratar de leilões sem destacar justamente seu maior apelo, que é o preço, inicialmente quase sempre bem atrativo aos olhos de quem vê. Mas o que muita gente não considera é que esta vantagem diminui a cada lance dado, muitas vezes batendo-se o martelo a um preço muito próximo, quando não igual, ao mesmo produto que, em outros mercados, não agregue os riscos de um produto de procedência praticamente incerta e sem garantias.
Em leilões, praticamente não são permitidos test-drives, muitas vezes sequer ligar o motor, e essa impossibilidade de se testar o veículo pretendido traz consigo um enorme risco de que o mesmo possua uma série de defeitos a serem notados após a aquisição, sendo mais comuns problemas no motor, parte elétrica e suspensão. Há de se considerar que não existem garantias para estes veículos, devendo quem comprou arcar com possíveis custos de reparo.
Veículos de leilões geralmente são procedentes de seguradoras e financeiras, além dos confiscados pela Justiça. Quanto aos de seguradoras, os que se apresentam visualmente em bom estado em geral são provenientes da recuperação de furto ou roubo. Veículos que passaram por estas condições quase sempre sofrem grandes avarias por conta de mau uso quando ainda se encontram sob posse do crime, principalmente nos itens de suspensão. Lembrando que em geral seguradoras levam média de 3 meses para pagar a indenização de quem se prejudicou. Se o carro não aparecer neste período, passa a ser propriedade da seguradora. Nesse lapso de tempo, é comum que o veículo sofra dos mais variados tipos de mau uso.
Em se tratando dos provenientes de financeiras, resultados de apreensões por falta de pagamento, são quase sempre usados por tempos a fio sem quaisquer tipos de manutenções, pois sequer há a condição de se manter a honra dos compromissos financeiros (pagamento das parcelas, garantido-se assim a propriedade e posse do bem), quem dirá manter as manutenções em dias, ainda mais sabendo-se que está próximo de perder o bem.
Em geral, veículos expostos em leilões vêm de muito tempo parados, aguardando os trâmites burocráticos que os liberem para a venda, por isso é tão comum nestes veículos sérios problemas de lubrificação que impedem até mesmo a locomoção, problemas estes sempre associados a enormes gastos para reparo. Os líquidos fundamentais ao bom funcionamento do veículo, como óleos e de arrefecimento, devido ao não uso, terminam por se sedimentarem dentro do motor, havendo a grande possibilidade de até mesmo se solidificarem. É o mesmo problema que atinge os veículos pouquíssimos rodados.
Comprar veículo em leilão com o objetivo de uso diário dificilmente será um bom negócio. Este tipo de aquisição é mais apropriada apenas em duas situações distintas: lojistas que aceitem arcar com as consequências que o produto venha a apresentar, ou principalmente desmanches, tendo em comum que os veículos não serão de seus usos, livrando-lhes de gastos a mais para manter o produto em ordem.
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