Eu acho é engraçado os comentários que vejo ou ouço sobre que, por exemplo, "fabricante A deveria mudar seu produto A1 para poder competir em pé de igualdade com a fabricante B e seu B1, assim ultrapassando-a em vendas" entre tantos outros comentários de pessoas que imaginam haver uma disputa acirrada na venda de veículos no Brasil.
A verdade é que o grupo que reúne fabricantes automotivos no mundo é bastante restrito. Grandiosos grupos em números pequenos controlam dezenas de outras empresas. Por acordo, cada um domina ou um mercado, ou um segmento de vendas em algum lugar, e no Brasil não é diferente.
Se uma começar a fabricar um produto mais atraente que a outra, seja por preço, qualidade, visual, marketing, enfim, logo uma guerra se instaura, e em uma guerra todos sempre perdem, então é melhor lotear o negócio e cada qual ganha de uma forma.
Eu não quero aqui estar citando nomes, mas bote a sua "cachola" pra funcionar e veja porque o que sempre falta em um produto está em outro, e vice versa, e etc... você deverá perceber também que cada fabricante domina em um segmento.
Bom, já que chegamos até aqui e eu não sou baú, pense comigo: vou citar o exemplo da Peugeot. Você deve estar se perguntando em que esta fabricante é líder. E eu respondo: em nada. Agora se pararmos pra pensar, todo o grupo ao qual ela pertence, no caso o PSA (Peugeot, Renault, Citroen e Nissan), está presente e atuante no Brasil, o que é um privilégio, diferente de grupos como Volkswagen, dona do Gol, líder de vendas a mais de 20 anos, e que não vende por aqui modelos de suas subsidiárias Skoda e Seat, sendo esta última sucesso de vendas não apenas no continente europeu, mas também América do Sul (leia-se em principal Argentina e Chile). Por que estas marcas estão de fora do quarto e sem dúvidas mais lucrativo mercado automotivo do planeta?
O mesmo questionamento faço à Chevrolet, ou General Motors, que também não vende por estas bandas marcas suas importantes como Vauxhall, GMC, Daewoo e em principal a Opel.
Importante: não me venham com essa história de "canabilização de vendas", que uma atrapalharia a venda da outra, etc. O interesse nunca foi pelo posto de primeiro lugar, até porque no mundo dos negócios, em especial os de altíssimas rentabilidades, não há espaço para essas bobagens.
Costumo comparar o mercado automotivo brasileiro ao Congresso Nacional. O difícil é entrar no bolo, mas depois que se está dentro, todo mundo tem direito a "encher a pança", mas isso, claro, desde que não interfira nos interesses de seus pares.
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